sábado, 13 de junho de 2009

Será um caminho para a iluminação?

Sábado. Um solzinho tímido entre as nuvens. Uma ida ao supermecado, farmácia, para não deixar faltar nada em casa. Para algumas, é o dia da beleza. Arrumar as unhas e o cabelo, fazer compras num shopping. Pra relaxar, ou compensar a falta do tempo da semana, tem a caminhada com um bate-papo bem legal para acompanhar. Tanta coisa pra fazer no final de semana, e a gente ainda tem que arrumar tempo pra se divertir!

Ficar em casa é uma boa opção de descanso. Ficar em casa sem empregada no final de semana, nem tanto. Para as mulheres é claro! Vamos falar a verdade: o homem, na sua grande maioria, descansa quando está em casa. As patroas tem sempre alguma coisinha pra fazer.

Lá pelo começo do final de semana, chega a hora de entrar na cozinha. Não que, intencionalmente, eu quissesse dar uma de xerife dentro do meu distrito, simplesmente fui ver o que ia preparar para o almoço. E o que eu encontro: duas frigideiras arranhadas (detalhe: comprei há uma semana atrás) e uma faquinha de aço inox, uma que adoro, completamente torta. Acho que vou almoçar na rua...

Não é nada grave, realmente, é uma coisa leve. Pensando bem, mas bem mesmo, e fazendo muita força, são coisas materiais, não é mesmo? Não tem a prática do desapego? Começar pela nossos utensílios culinários talvez seja um caminho, ou até um dos atalhos, para a iluminação.

Lembrei de uma amiga que passou por uma situação parecida. Era um domingo ensolarado. Combinamos de nos encontrar no Jardim Botânico às dez da manhã. Ela apareceu ao meio-dia. Estava irritadíssima com a empregada dela, que estava de folga. Minha amiga foi arrumar o café-da-manhã e encontrou o seu fogão "podre", segundo ela. Resultado, ela se atrasou por que ficou limpando o fogão e o forno que estavam um nojo: "não deu pra deixar daquele jeito." Eu fui completamente compreensiva, sei bem o que é isso. E já escutei muita reclamação deste tipo de outras patroas.

Não consigo ser boa o bastante para não ficar irritada com essas pequenas coisas (muito menos a minha amiga). A minha iluminação está longe.

Como sou aliada da paz, alheia à confusão, faço sempre uma lista, na segunda-feira, com pequenos acertos para conversar com a empregada. Falo o que encontrei e explico sobre os recuidados que ela deve ter com os utensílios.

Acontece que tenho a sensação que estou sempre tapando um buraco e em breve vão aparecer outros.

Acho que ainda está em tempo de incrementar a prática da meditação em minha vida.

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