domingo, 28 de junho de 2009

Mulher casada procura....

Dá vontade de colocar um anúncio:

mulher casada, com filhos, procura mulher de meia-idade, boa família, bons antecedentes, responsável, com experiência em serviços domésticos, que conheça um cardápio simples, mas variado, que saiba lavar roupas sem misturar as cores, que passe roupa razoavelmente bem e tenha ótimas noções de higiene e limpeza.
Comparacer, nesta segunda, às oito horas da manhã, munida de carteira de trabalho e carta ou telefones para referências, na rua X número Tal. Importante: dormir no emprego de segunda à sexta.

Acho difícil eu colocar um anúncio desses num jornal qualquer. Seria, assim, digamos, um tanto sincero demais, não? Iria parecer discriminatório? E ainda por cima esperar que todos os requisitos sejam, sinceramente, atendidos? Ah, é muita ilusão.

Bom, mas lá vou eu a mais uma aventura de procurar alguém que, simplesmente, tenha muita vontade e disposição para trabalhar. Pois é isso o que falta. Precisar de emprego, todo mundo diz que precisa, mas querer trabalhar mesmo, levar a sério, é isto que está faltando por aqui.

É meu desabafo deste domingo.

Boa semana pra vocês.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Semaninha...

A minha semana começou péssima. Segunda-feira a minha empregada não apareceu logo cedo. E eu tinha que ir trabalhar. Tentei ligar para o celular dela e nada. Meu marido ficou com as crianças até a hora da aula. Ele ajeitou o almoço e lavou a louça.

A moça ligou para minha casa lá pelas onze horas da manhã e falou que estava doente. Deixei para ligar para a casa dela de noite quando eu estivesse em casa. Saí correndo do trabalho para pegar as crianças na hora da escola, dar janta, ajeitar a casa, etc.

De noite, quando liguei, a irmã dela, que atendeu ao telefone, nem sabia onde ela estava. Pensou que ela tivesse ido trabalhar e ficou fula da vida. Ficou dizendo que a garota era muito irresponsável e que isso não ia se repetir blá-blá. Reclamou montes!

A irmã me deu um número de celular diferente do que eu já tinha tentado falar pela manhã. Liguei. A menina atendeu com a maior voz de sono. Disse primeiro que tava doente. Perguntei se ela tinha ido ao médico, ela disse que sim e depois que não, se enrolou toda na história.

Eu já tinha ido ao trabalho quando a moça apareceu na terça de manhã. Na hora do almoço, ela disse ao meu marido que tinha assistido a um "pega", um que estava transmitindo na Tv. Um "pega" lá em Duque de Caxias.

Como pode? Ela foi ver um "pega" e nem quis saber se tinha que ir trabalhar? E ainda falou disso com a maior naturalidade! Que é isso?

Dispensar de uma hora pra outra não dá. O horário da escola não bate com o meu horário de trabalho e nem do meu marido.

E eu, mesmo com a minha paciência e cara de bocó (que é o que devo ter pra alguém achar que pode fazer isso na maior), não quero nem mais conversar. Acho que não adianta na-da! Ilusão jamais!

Esta semana realmente está agitada. Já tem colégios no Rio com casos de gripe suína! E é com os filhos que mais nos preocupamos. A troca de e-mails foi frenética entre nós pais.

No mundo, morreu a Farrah Fawcett, pantera que foi referencia de beleza e de um corte de cabelo meu na minha adolescencia, e Michael Jackson, que cresci vendo ser um astro em suas fases diferentes de carreira. Tempos em que eu não tinha essas preocupações e chateações com empregada!

Era apenas uma filha feliz e nem sabia.

E ainda é quinta-feira.

domingo, 21 de junho de 2009

Diarista não é só faxineira

"Pode ser babá, arrumadeira, passadeira, jardineiro, etc". Entre as característica da relação empregado/empregador doméstico: “natureza contínua”, “finalidade não lucrativa” e “âmbito residencial”, a que diferencia a diarista da empregada é a "natureza contínua".
Encontrei um artigo sobre essas diferenças no Blog Amélias e o que achei interessante foi a tabela bem simplificada na qual visualizamos rapidamente os benefícios devidos a cada uma.
De cara você vai ver que diarista não tem benefício algum. Por isso tantas ações e polêmicas nos tribunais por esse nosso Brasil.
No artigo, você ainda encontra dicas para evitar que sua contratação de diarista seja caracterizada com vínculo.
Preste atenção, pois a decisão é sua. Se você quer uma diarista, não aja como se ela fosse empregada doméstica. Veja aqui as dicas das Amélias.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Evitem Rainhas da Sucata em suas vidas!

Cena contada por uma amiga que ouviu de outra amiga. Foi algo mais ou menos assim:
A desembargadora estava em audiência. Era uma ação de uma empregada contra a patroa. A patroa falava com tranquilidade:

- Eu não sei bem por que ela entrou com uma ação contra mim. Eu achava até que a gente se entendia bem! Só mandei embora por causa de uma coisa. Ela bebia muito refrigerante, sabe? Teve um dia que eu dei um jantar lá em casa. Quando chegaram as visitas e eu fui servir os refrigerantes, e não tinha nenhum na geladeira! Ela tinha tomado tudo!

- E você tem certeza de que foi ela quem bebeu os refrigerantes?

- Absoluta! Ela comia e bebia à vontade na minha casa. Eu não sou de separar nada, tipo de ter comida para a empregada e outra para gente, não sou mesmo. Ela era muito gulosa, isso era. Mas eu não ligava. Só que eu achei uma grande falta de respeito o que aconteceu no dia daquele jantar. Ela já folgava um pouco, mas eu sempre deixava para lá. E no dia do jantar, ela não falou nada, não avisou, ficou só olhando. Viu eu recebendo as visitas. Quando eu fui falar com ela sobre os refrigerantes, ela ainda debochou de mim! Disse que não sabia que era para o jantar, vê se pode? E para que seria, então? Puxa vida, eu dava minhas roupas, as coisas da casa que eu não usava, ou comprava novo, tudo novo para ela, sabe?

A desembargadora ficou um pouco desconfiada. Tinha alguma coisa errada nessa história.
Ouviu a patroa mais um pouco e mandou chamar a empregada. A moça tinha um ar enfesado e confiante. A desembargadora perguntou sobre os salários, férias, décimo terceiro, e queria saber qual era a insatisfação afinal, pois parecia que a moça recebia tudo direitnho.

- Bem, eu ouvi a sua ex-patroa e não me parece ter nada, assim, de errado. Parece até que vocês se entendiam bem. Agora mesmo ela me contou que dava muita coisa para você, tipo roupas, coisas para casa.

A moça ficou mais enfesada ainda.

- Aquelas coisas todas que ela me dava? Aquele monte de roupa e aparelho doméstico da casa dela? Ela falou disso?

- Era um "monte de coisa" mesmo? - desconfiou a desembargadora.

- Era sim! Vesti minhas meninas todinhas com aquelas roupas. Só de liquidificador ela me deu uns três.

- E os liquidificadores funcionavam ou tavam quebrados?

- Ai dela se me desse algo que tava quebrado! Mas era só coisa que ela não queria mais! Eu, hein!? Tenho cara de receber o resto dos outros? Olha pra mim! Eu mereço é mais!

- Mas você levada tudo para sua casa, não levava?

- Claro! E eu sou besta?

- O que você acha?

- Ela pensa que sou o quê? A Rainha da Sucata! Não sou nenhma sucateira não!

A desembargadora controlou sua raiva. Lembrou da sua última doação que fez para a sua empregada. Eram roupas e um liquidificador. Ela respirou fundo e empostou mais a voz.

- Espero que todos aqui prestem bem atenção. Dar nossos pertences, mesmo em ótimo estado para as empregadas, pode ter uma interpretação ruim como esta. Por isso, aconselho a não fazer isto. Nesses casos, não doem aos próximos, doem ao mais afastados. Pelo menos vai se evitar
rancor e que uma pessoa entre na justiça por este motivo. Portanto, evitem "Rainhas da Sucata" na vida de vocês.

Conselho de Desembargadora.

sábado, 13 de junho de 2009

Será um caminho para a iluminação?

Sábado. Um solzinho tímido entre as nuvens. Uma ida ao supermecado, farmácia, para não deixar faltar nada em casa. Para algumas, é o dia da beleza. Arrumar as unhas e o cabelo, fazer compras num shopping. Pra relaxar, ou compensar a falta do tempo da semana, tem a caminhada com um bate-papo bem legal para acompanhar. Tanta coisa pra fazer no final de semana, e a gente ainda tem que arrumar tempo pra se divertir!

Ficar em casa é uma boa opção de descanso. Ficar em casa sem empregada no final de semana, nem tanto. Para as mulheres é claro! Vamos falar a verdade: o homem, na sua grande maioria, descansa quando está em casa. As patroas tem sempre alguma coisinha pra fazer.

Lá pelo começo do final de semana, chega a hora de entrar na cozinha. Não que, intencionalmente, eu quissesse dar uma de xerife dentro do meu distrito, simplesmente fui ver o que ia preparar para o almoço. E o que eu encontro: duas frigideiras arranhadas (detalhe: comprei há uma semana atrás) e uma faquinha de aço inox, uma que adoro, completamente torta. Acho que vou almoçar na rua...

Não é nada grave, realmente, é uma coisa leve. Pensando bem, mas bem mesmo, e fazendo muita força, são coisas materiais, não é mesmo? Não tem a prática do desapego? Começar pela nossos utensílios culinários talvez seja um caminho, ou até um dos atalhos, para a iluminação.

Lembrei de uma amiga que passou por uma situação parecida. Era um domingo ensolarado. Combinamos de nos encontrar no Jardim Botânico às dez da manhã. Ela apareceu ao meio-dia. Estava irritadíssima com a empregada dela, que estava de folga. Minha amiga foi arrumar o café-da-manhã e encontrou o seu fogão "podre", segundo ela. Resultado, ela se atrasou por que ficou limpando o fogão e o forno que estavam um nojo: "não deu pra deixar daquele jeito." Eu fui completamente compreensiva, sei bem o que é isso. E já escutei muita reclamação deste tipo de outras patroas.

Não consigo ser boa o bastante para não ficar irritada com essas pequenas coisas (muito menos a minha amiga). A minha iluminação está longe.

Como sou aliada da paz, alheia à confusão, faço sempre uma lista, na segunda-feira, com pequenos acertos para conversar com a empregada. Falo o que encontrei e explico sobre os recuidados que ela deve ter com os utensílios.

Acontece que tenho a sensação que estou sempre tapando um buraco e em breve vão aparecer outros.

Acho que ainda está em tempo de incrementar a prática da meditação em minha vida.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Um Simples Cardápio Semanal

Procurando "inspiração", andei "surfando" na web pesquisando sites sobre o tema deste blog. Na pesquisa vieram inúmeros sites de empresas, firmas, que ajudam a encontrar a sua nova empregada e outros cheios de informações sobre direitos das empregadas, planilhas para cálculos e modelos de documentos.

Enfim, os links que fiz ao lado, do Ministério do Trabalho, do INSS, são as referências principais, diria, fontes primárias de tudo o que envolve a relação empregador/empregada doméstica. Ah, e já tem umas planilhas muitos legais que as patroas tem usado e me dado bons retornos.

Então pensei em algo um pouquinho diferente do que falar de relações trabalhistas.Como sou uma negação na arte de cozinhar e não tenho a menor atração em aprender, tenho um sério problema em dizer para a minha empregada como fazer o almoço todo dia em minha casa. É por que ela é como eu: não sabe cozinhar! Um verdadeiro problema.

O início da solução para este problema, à altura de minhas mãos (que lembro, não cozinho) é fazer um cardápio semanal. Ver o que mais agrada em casa, escolher alimentos nutritivos, saborosos e atraentes, principalmente para quem tem rebendos que se recusam a comer "verdinhos", "vermelhinhos" e etc.

Depois de mentalizar que é preciso fazer o tal do cardápio semanal, o segundo passo, no meu caso, é procurar receitas. Lógico que vai consumir meu tempo, mas tenho que incorporar que é apenas uma etapa deste projeto, o planejamento: dizer o que cozinhar e como! E como faço isso?
Sites de receitas! Aqui vamos nós! A gente faz a pesquisa, escolhe os pratos e anota os ingredientes. Depois é montar o cardápio, que é uma ótima ideia para planejar até as compras do supermercado.

Uma planilha excell ajuda bastante, ou uma tabela no word. É só escrever os dias da semana, a comida do almoço, do lanche, do jantar, o que for costume em casa. Ah! E não posso esquecer de pensar no aproveitamento dos alimentos (e lá vai mais pesquisas em sites).

A teoria é uma beleza, né? Estou para fazer isso há 2 meses. Que vergonha! Tudo bem, estou colocando uma tênue mancha cinza na minha imagem. Mas não deixa de ser uma boa dica, né?

Coisa simples nem sempre a gente faz logo. Por que será?

domingo, 7 de junho de 2009

Fenômeno brasileiro

Em abril, alunos da Universidade de Saint Gallen, na Suíça, uma das 30 melhores escolas de negócio da Europa, Suíça, estiveram no Rio de Janeiro analisando varios aspectos, entre o Rio e São Paulo, para o projeto do final do curso sobre o mundo dos negócios. Os temas das monografias, logicamente, tinham cenários brasileiros.
Marco Egbring, 35 anos, aluno do MBA Executivo, uma das 30 melhores escolas de negócio da Europa, ficou impressionado com a naturalidade com que falamos de empregada doméstica.
Gostaria de saber mais detalhes sobre esses estudos suíços. Andei fuçando pela internet, mas não encontrei nada ainda. Quer dizer, encontrei algumas coisas em alemão. E como nem comecei o curso, fica difícil de entender. De qualquer modo, isto me fez pensar se o papo de empregadora doméstica é um fenômeno brasileiro.
Sobre ser um fenômeno, eu já falei alguma coisa num post passado. Mas o fato de chamar a atenção do europeu numa escola de negócios da suíça? Dessa eu não sabia. Que up grade, hein? Quem sabe eu não me empolgo e faço o doutorado com esse tema?
Não, não! Não acho que seja uma boa. Já pensou? Eu, com a minha empregada em casa, analisando cientificamente a nossa relação?
- Fulana, você percebe de que forma a minha frase: "cozinhe sempre o arroz, naquela panela nova caríssima de titânio, em fogo baixo?
- Como eu percebo? Que é isso? Perceber?
- É. O que você entende, como você escuta?
- Com o ouvido?
- Não! O que você ouve? Você, na hora de cozinhar, faz como eu digo?
- Faz "comoeudigo"?
- É. Como é que você faz?
- Heein?
- Por exempo, quando eu falo: não deixa roupa no varal no final de semana. O que você entende?
- Eu entendo que a senhora quer que eu junte e deixe largada aquele monte de roupa imunda da sexta feira. E sexta é uma danação! É o dia que o seu filho faz futebol antes da escola, que seu marido vai pro tênis antes do trabalho. E aquela roupa chega que chega fedida, viu? Suada que só! A menina vai pro vôlei e vem com a roupa cheia de areia e cheirando a peixe. Vôlei de praia, né? A da senhora, então/
- Tá bom, tá bom. Pode parar!
Tá doido! Sai de mim ideia! Não ia dar certo. Se os suíços quiserem estudar, deixa com eles. É o distanciamento geográfico, psicológico, ideal que o pesquisador precisa para fazer a tese.
Estou muito envolvida nessa coisa.É muita exposição da intimidade. rs.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Licença Maternidade

A licença maternidade é um benefício de direito em toda a relação de emprego (ou para a trabalhadora que contribui individualmente). E nessas relações de emprego estão incluídas as domésticas, como todas já devem saber...acredito eu.

É importante se informar bem sobre o salário-maternidade, até por que ele é extensivo à adoção. Para se ter uma breve ideia, ele é devido em três situações:a partir do 8º mês de gestação, comprovado através de atestado médico;a partir da data do parto, com apresentação da Certidão de Nascimento;a partir da data do deferimento da medida liminar nos autos de adoção ou da data da lavratura da Certidão de Nascimento do adotado.

O período de 120 dias em que a trabalhadora recebe esse salário está entre os 28 dias antes e os 92 dias depois do parto.

Detalhes sobre o assunto vão fazer toda a diferença se acontecer com você de sua empregada aparecer com a situação do "crescei e multiplicai-vos" em sua casa. O salário-maternidade de sua empregada doméstica será pago diretamente pela Previdência Social, com o valor de uma renda mensal igual ao seu último salário de contribuição.

Não se assuste! Não será nenhum bicho-de-sete-cabeças. Talvez de quatro, ou de cinco, mas não mais do que o número de cabeças necessárias para encontrar outra que fique no lugar temporariamente.

Neste link estão todas as informações sobre o assunto. Nele você pode também requerer a licença pela internet.

Boa sorte!!!