segunda-feira, 27 de abril de 2009

E a qualificação?

Na saga das entrevistas para escolher uma empregada para trabalhar em sua casa, uma Dona Patroa escutou uma curiosa condição salarial de uma das candidatas:
- Para dormir todo o dia aqui, o meu salário, deixa eu ver... para eu sair de casa, pegar condução, deixar tudinho lá em casa...ah, tem de ser uns mil e pouco. Tenho três filhos, marido, e por menos não dá nem pro começo!
Mil e pouco???? Mas em que raio de país estamos? Aqui é o Brasil, América Latina, não é?
Quem aqui paga um salário desses a uma empregada doméstica?
Não querendo desmerecer o trabalho delas, é super necessário, rotineiro, mas qual a base de para definir o próprio salário dessa forma?
Na verdade, eu acho que nem a gente sabe....
Deveria haver uma lista para avaliar a qualificação. Colocar uma pontuação tipo de 0 a 4. A lista seria de perguntar preliminares, tipo: Sabe cozinhar? 0 - não sabe; 1 - sabe o básico, 2 - Sabe, 3 - É a sua especialidade.
Nós, patroas, aplicaríamos o questionário nas candidatas:
- Mil e poucos, não? E, me diga, você sabe cozinhar?
- Sei, sim.
- O que você faz?
- Tudo, eu cozinho qualquer coisa. Já trabalhei na cozinha de um buffet.
Ah, uma boa idea, nesse caso, é a futura Patroa marcar um "test drive" para conhecer melhor essa qualificação.
Bem, daí a entrevista seguiria adiante com "Sabe passar roupa",
'Sabe lidar com criança', etc.
Enfim, poderia definir um peso e uma medida para nos conferir um teto e uma base, como qualquer qualificação profissional estabelece.
Mas a coisa ainda é muito individualizada. Nem sei se todo mundo entende falar de qualificação para empregada doméstica, parece muito esquisito mesmo. Mas enquanto não se define nada, ficamos sujeitas a ouvir solicitações salariais muito além de nossas possbilidades de pagamento. Creio que é um caso a se pensar, e muito.

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