sexta-feira, 15 de maio de 2009

Confissões de uma patroa - parte 1

Eu confesso que não gosto de ser patroa!!! Tudo não seria mais fácil se programássemos um robô?

A minha experiência em ficar cobrando toda hora alguma coisa é cansativa. Sei que devemos valorizar as relações interpessoais. E também gerar empregos é algo enobrecedor (pelo menos devia ser). Mas, francamente, tem hora que reflito muito, muito, mentalizo o caos que a casa pode ficar sem elas para não desistir de vez.

É um horário atrasado, uma leiteira que aparece sem a alça, uma roupa toda manchada por água sanitária, a conta de celular da filha com várias de ligações para... Manais! E minha filha, menorzíssima de idade, não conhece ninguém nem sequer na Bahia! Os horários das ligações eram todos quando não havia ninguém em casa.

Fui cobrar explicações. Mostrei logo a conta que tem horário, dia, valor. Nem tinha como negar. Ela não esboçou reação. Foi para o quarto muda.

Sabe que acabei até ficando com pena? Mais de mim do que dela! O que será que acontece em minha casa na minha ausência?

A gente sabe que todos tem suas necessidades. No caso dela, era falar com o namorado, e a família, à distância livre de tarifas. E sem ao menos me pedir!

Tudo bem. Não pensei em mandar embora, como ela pensou que podia acontecer. Ela pediu desculpas, ficou muito envergonhada. E eu descontei do salário.

Acho que dessa surpresa eu não me aborreço mais.

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