quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Por que é tão difícil?

Recebi vários comentários solidários ao meu relato do último post. Acredito que é a situação de ter alguém em casa que não é totalmente confiável, mas necessária, é, para muitas, uma angústia constante.

Eu ainda estou a procura de uma nova empregada, mas é muito difícil mesmo achar alguém, não é? Incrível, não? Eu acho incrível sim. Falam tanto em desemprego, vemos mulheres nas ruas com seus filhos pedindo dinheiro, e, do outro lado, há uma série de mulheres que precisam trabalhar e estão oferecendo empregos em suas casas. Por que é que esses dois pontos não conseguem uma interseção harmoniosa?

O salário oferecido é que é pouco? E qual o salário que é pouco? O das empregadas ou das patroas que não conseguem pagar mais?

Vemos aí o salário mínimo aumentando todo o ano, mas isto não quer dizer que os salários das patroas aumentem. Acontece que com o aumento do salário mínimo, nos vemos quase obrigadas a pagar mais para as nossas assalariadas, mesmo sem ser a nossa realidade financeira. E quem disse que pagar mais resolve o problema com empregadas?

Feliz de você que não tem dor de cabeça com empregada ou com o salário delas. Jogue suas mãos para o céu e agradeça se acaso tiver alguém completamente sintonizada com você e que respeite sua casa e família.

Alguém tem uma história feliz pra contar? Por que eu estou numa fase negra....

3 comentários:

Anônimo disse...

Já leu este link aqui?


"Mucamas"

http://revistaepoca.globo.com/EditoraGlobo2/Materia/exibir.ssp?materiaId=97868&secaoId=15230

Ma Luiza Ocampo disse...

Anônimo, agradeço o seu link, mas fico sem saber qual a sua opinião sobre o assunto.

Do meu lado, de madame não tenho nada. E nem tenho uma estrutura de bancar o estudo dos meus filhos em um colégio de horário integral, o que para mim seria o ideal. E nem meencaixo entre os patrões relapsos citados.Cumpro as minhas obrigações trabalhistas.

Lendo os comentários no artigo que você indicou, tenho a certeza que a relação, assunto deste blog, é um reflexo das disparidades sociais brasileiras.

Mas não quero me "fazer de vítima" das circunstâncias. Preciso ainda identificar, dentro do meu universo, o que posso fazer para melhorar o "infinito ao meu redor".

Bruno disse...

Oi. Vi seu post sobre storytelling no Banana Prata e queria comentá-lo, mas como não posso fazer isso lá (comments travados), vim fazer aqui.

Ótimo post, e você tem razão quando diz que as empresas estão usando essa técnica para compartilhar conhecimento. Eu mesmo sou uma mistura de publicitário e autor. ;)